A Itália é antiga. Lá a história do vinho se mistura com a história do país e das pessoas. Antes da constituição do mapa tal como conhecemos hoje, diferentes povos que ocuparam a região como os Etruscos ou Gregos, por exemplo, tinham em sua cultura o hábito de produzir e fazer vinhos. Houve uma migração de espécies de videiras, alguns conquistadores trouxeram consigo novas mudas que se adaptaram e estão lá até hoje. Mas havia também diversas espécies locais. Em síntese, os terrenos ou ainda mais amplamente, o terroir da Itália são extremamente favoráveis para a produção de vinhos. Assim como no Brasil é fácil cultivar uma bananeira no quintal, para eles é cultivar uma videira.
Comparando com as nossas proporções territoriais trata-se de um país pequeno. Mas não se engane, mesmo assim é capaz de produzir quantidade e diversidade de vinhos surpreendentes. Isso se deve às latitudes, recortes da terra, proximidade com diferentes mares, influência de rios, clima, altitude, vegetação, história, solo, espécies melhores adaptadas a uma ou outra região e assim vai. Ufa! Muitas variáveis, não é? Na prática, imagine-se agora em frente à uma prateleira de vinhos italianos em uma loja ou em um site procurando por um rótulo para comprar. Por onde começar? Não se desespere. É mais simples do que parece. Veja abaixo algumas dicas:
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO
Pense sempre em duas variáveis: a hierarquia da classificação e as diferentes regiões onde é aplicada. Vamos lá: Do mais genérico para o mais específico (e normalmente do mais barato para o mais caro).
Vino da Tavola: Vinhos de mesa provenientes de toda a Itália. Muitas pequenas vinícolas ao iniciarem o seu trabalho são classificadas dessa forma. Sendo assim, cuidado para não subestimar alguns rótulos que podem surpreender positvamente.
Indicazione Geografica Tipica (IGT ou IGP): Os rótulos classificados assim são submetidos à algumas regras e controle. Nesses vinhos as informações que nos dão pistas sobre que tipo de líquido está contido na garrafa são: informações sobre a região (IGT Toscana, por exemplo) e safra.
DOC: Vinhos elaborados em regiões com Denominazione di Origine Controllata. Dentro das grandes regiões, existem sub regiões que protegem a personalidade e história de seus vinhos. Sendo assim, as regras são mais restritas. Há um controle das áreas de produção, tipos de uvas utilizadas, rendimento da produção por safra, índices de álcool, práticas de vinificação, tempo de descanso antes do ingresso do produto no mercado, detre outros. Um de muitos exemplos dentro da Toscana é a sub região de Maremma ou os vinhos DOC Maremma.
DOCG: A Denominazione di Origine Controllata e Garantita é o mais alto nível da classificação, cujas normas são ainda mais restritivas. Ainda na Toscana, existem várias DOCG. Algumas muito conhecidas, como DOCG Chianti Clássico, outras muito badaladas como DOCG Brunello di Montalcino e outras ainda não muito divulgadas como DOCG Morellino di Scansano.
Supertoscanos: Alguns produtores na Toscana passaram a elaborar vinhos a partir de castas estrangeiras, como por exemplo Cabernet Sauvignon, Merlot, etc. Mesmo fazendo vinhos DOCG em suas vinícolas, não puderam submeter esses vinhos “free style” dentro da legislação. Sendo assim, apesar de poderem alcançar altos níveis de prestígio e preço, podem ter em seus rótulos a classificação IGT.
Na próxima semana continuaremos com mais dicas na escolha de um bom vinho italiano.
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